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terça-feira, 6 de março de 2012

Exposição: Renan Marcondes: normal entre os meus


Cogito, ergo sum!
Um brinde a racionalidade! Um brinde ao estranhamento de buscar a racionalidade numa sociedade do espetáculo, na qual aparecer (a qualquer custo) é mais importante do que ser - existir autonomamente através do próprio pensamento.
Esse é Renan. E ele quer ser. Desesperadamente. E desesperadamente quer também questionar a necessidade de ser através disso. O que é que nos define?
Na necessidade de existir, Renan experimenta várias linguagens e torna-se um artista extremamente versátil, como mostra esse pequeno selecionado de trabalhos de 2010 para cá. Pintura, instalação, vídeo-performance, objetos e a performance aqui, ao vivo.
E ser versátil não é fazer qualquer coisa ou de tudo um pouco. Apesar do uso de diferentes linguagens, o conjunto apresentado é coeso e representativo da questão que o aflige: a necessidade de conhecimento para constituir uma individualidade. Em cada um dos trabalhos vê-se a questão do aprendizado, da língua e da linguagem - às vezes representados pelos seus signos mais evidentes, como o livro, o papel, a grafite; às vezes em virtude de referências no título a questões específica desse campo.
Em qualquer área, entretanto, fica claro o esmero do Renan e o que justifica chamá-lo de artista. Aquilo que faz alguém ultrapassar a linha do racional, para atingir o sublime e as emoções. Porque não há nada mais sublime e emocionante do que aprender-se e aprender a ser.
E no fim, devo confessar aqui, essa exposição é uma das mais significativas para mim pela relação protocooperativa que eu tenho com o Renan. No fim, eu e ele temos a mesma preocupação: como SER (assim, com letra maiúscula mesmo e no sentido mais cartesiano) nesse mundo contemporâneo no qual compramos o que pensamos, vestimos nossas posições de acordo com o romantismo e a conveniência e no qual o importante é aparecer. Somos normais entre nós.
Veja Fotos da Exposição. Tem mais fotos aqui e aqui.
Na abertura contamos com o super projeto Palco Aberto, com um coletivo organizado pelo Cláudio Manculi, Sueli Feliziani, Flavinho Arruda e Jonavo. Contamos com a participação no palco aberto do Luis Aranha, do Leonardo Muniz e do Nilson Ikejima

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